Secretaria realiza novo debate sobre a reforma do Ensino Médio

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A Secretaria da Educação do Estado da Bahia está realizando uma série de debates sobre a reforma do Ensino Médio publicada por Medida Provisória (MP 746/2016) pelo Governo Federal. Nesta segunda-feira (28), gestores, educadores, coordenadores, professores e representantes de universidades públicas participaram da II Mesa Temática Ensino Médio em Debate, que teve como foco o Ensino Médio noturno. A atividade foi realizada no Auditório Zézeu Ribeiro, na Fundação Luís Eduardo Magalhães (FLEM), em Salvador.
 
Fotos: Claudionor Jr. Ascom/Educação
De acordo com o superintendente de Políticas para a Educação Básica, da Secretaria da Educação do Estado, Ney Campello, as discussões sobre a reforma do Ensino Médio são essenciais. Falou, neste contexto, sobre as especificidades do Ensino Médio noturno que atende, principalmente, as pessoas que trabalham durante o dia e que só podem frequentar a escola à noite. “A pretensão é modificarmos o formato da oferta para tornar a escola ainda mais atrativa para os estudantes do turno noturno, que geralmente são trabalhadores e adultos”, destaca.
 
A coordenadora pedagógica do Colégio Estadual Deputado Henrique Brito, Valnice David de Souza, acredita que “o Ensino Médio precisa ser revisto porque a demanda da sociedade se renova a cada dia e o ensino noturno precisa ser focado no viés do trabalho com uma perspectiva profissional para que o estudante aplique o conhecimento adquirido”, comenta.
 
O encontro também contou com a participação de representantes de universidades públicas, que deram suas contribuições no debate. Este é o caso da pró-reitora de Ensino de Graduação da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Kathia Marise Sales que fez críticas à publicação da MP do Ensino Médio, sem ampla discussão com a sociedade. “Este é um momento em que todas as instituições responsáveis pela educação devem pautar essa discussão e se posicionarem. Nós, na universidade, formamos os professores que vão atuar na Educação Básica, inclusive, no Ensino Médio e, por isso, estamos bastante críticos em relação a forma como essa Medida Provisória foi encaminhada para aprovação sem uma discussão prévia”, pontua.

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