Ato público e roda de debate discutem violência contra a mulher

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Educadoras, educadores, estudantes da rede estadual e representantes da sociedade civil realizaram, nesta quinta-feira (02), um ato público em frente à sede da Secretaria da Educação do Estado, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, para discutir a violência contra a mulher. As pessoas participantes, cantaram, dançaram e abordaram, em roda de conversa, no auditório da Secretaria, o tema: “Feminicídio e Cultura do Estupro: precisamos conversar sobre isso”.
 
Fotos: Fotos: Suâmi Dias e Poliana Sales (Auditório)
Os estudantes do Colégio Estadual de Monte Gordo, localizado em Camaçari, apresentaram um projeto sobre violência de gênero desenvolvido na disciplina de Sociologia. Estudantes de outras unidades escolares também participaram. A estudante do 3º ano, Mazu Mariano, do Colégio Estadual Governador Roberto Santos, localizado no bairro do Cabula, recita um poema e enfatiza que é preciso denunciar todas as formas de violência. “Hoje nós somos maioria e temos força para nos impor. Não podemos ser vistas como sofredoras, temos coragem o suficiente para debater a importância da nossa posição”.
 
O superintendente de Políticas para a Educação Básica, da Secretaria da Educação do Estado, Eliezer Silva, destaca que a atividade contribui para reforçar as formas de debate na educação sobre a cultura das violências contra as mulheres. “Estamos em um momento bastante preocupante onde vemos as mulheres sendo violentadas física e psicologicamente. Então é importante que busquemos a partir da educação, combater a misoginia, o sexismo, o machismo e todas as formas de violência contra a mulher”.
 
Já a assessora pedagógica da Secretaria da Educação do Estado, Valuza Saraiva, enfatizou um dos pontos importantes do debate. “A misoginia está muito inserida na nossa sociedade. Temos que parar de culpar a vítima pelo estupro, devido à sua roupa, comportamento ou outro argumento infundado. Até porque existem culturas em que existem mulheres que vestem roupas longas e a violência não é menor”, afirmou.
 
O servidor Mário Ferreira, durante o ato, ressaltou a importância da mulher na sociedade e na história. “Devemos lembrar que as mulheres foram responsáveis por demarcar importantes momentos históricos, inclusive no âmbito educacional. Então nós, homens, devemos ter uma postura de ruptura com essa sociedade patriarcal”. 

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